"Opa Caroé! Quantas pratas têm na mesa?", perguntaria uma certa pessoa, ao término de mais um pedágio. Na ausência do bom alagoano, onze pessoas da comissão organizadora do ERECOM Juazeiro saíram no mormaço sertanejo de onze horas (olha a coincidência...) para a labuta do...

"Bem... Nós somos estudantes de Comunicação da Universidade do Estado da Bahia daqui de Juazeiro e estamos organizando o Encontro Regional de Estudantes de Comunicação, que começa dia 30 de abril e vai até dia 4 de maio. E, até agora, nenhuma 'GRANDE EMPRESA’ da região fechou com a gente na questão do patrocínio. E então a gente resolveu vir à subida da ponte para ver a possibilidade das pessoas da comunidade em ajudarem com qualquer quantia. Será que você poderia contribuir?".

Obviamente, nem tod@s têm tempo de declamar esta ladainha. Sempre surge a necessidade de fazer uma adaptãozinha aqui outra acolá, de acordo com a disposição das pessoas em meter a mão no bolso para tirar o cobre da redenção. Não raro, é preciso se remeter a uma tática de descontração que o citado alagoano preconizou em Juazeiro: “Qualquer moeda quente perdida no porta-luvas serve...”. Pedir também é um exercício. E a imaginação, neste caso, nunca se ausenta de entrar em campo, só para parafrasear uma antiga peça publicitária (nem sei se ainda é veiculada, tem tanto tempo que eu assistir TV...).

Por sinal, quebrar a rotina é uma das características definidoras de uma Comissão Organizadora de luta. Sugiro até que usemos a seguinte pergunta, para definir quem é apoio e quem é CO: “Você mudou sua rotina depois que começou a participar das reuniões gerais do ERECOM?” Se a resposta for positiva, aí sim...

O fato é que hoje no final da manhã a rotina de algumas pessoas foi desviada em direção à subida da ponte, no quarto pedágio do ERO, ERO, ERO, ERECOM EM JUAZEIRO. Cara, que viagem, o computador transformou a palavra ERO em ERRO, na tal da correção automática. Será alguma premonição? De qualquer forma, já bati três vezes na madeira do hacker. Agora, só me resta confiar nos caroés...

Sim, por falar em caroé, sobre a mesa do restaurante popular, onde ocorreu a santa ceia dos intrépidos pedagistas (pronto, encontrei um adjetivo...), tinha 111 reais e 55 centavos. Conseguimos bater o recorde de arrecadação em exatos 10 centavos. E, por enquanto, é aquilo mesmo: Eu não posso mais me alongar nestas linhas, uma vez que amanhã de manhã terei de interromper meu sono para atravessar o Velho Chico, o centro, a Flaviano e chegar à sala do projeto de pesquisa para revisar o manual de sobrevivência.

É, pessoas, minha rotina (e de tantas outras pessoas da famigerada CO) mudou... E foi tão assim... De repente, não mais do que de repente, como tudo acontece.